Sarto denuncia censura e diz que proibição de impulsionamentos nas redes sociais é arbitrária

Candidato à reeleição afirma que recorreu da decisão judicial e aponta que Evandro Leitão promoveu o mesmo tipo de material, mas não recebeu a mesma condenação

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O prefeito de Fortaleza e candidato à reeleição, Sarto (coligação PDT, PSDB, Cidadania, Agir, Avante, PRD, Mobiliza e DC), denunciou nesta segunda-feira (30/09), em coletiva de imprensa, tentativa de censura à campanha, diante de decisão judicial “arbitrária” que proibiu impulsionamento de qualquer conteúdo nas redes sociais. Para Sarto, esta é uma medida extrema, que fere o equilíbrio das eleições.

“Essa é uma atitude que provoca desequilíbrio entre as campanhas. O nosso departamento jurídico já está tomando todas as providências cabíveis, mas é uma tentativa de censura com relação à nossa campanha. A argumentação é que está sendo divulgado material com propaganda negativa, e o que eles classificam é o fato do candidato do PT ter dito, pela primeira vez, que apoiou a CPI (do Narcotráfico), mas a versão anterior é que ele não apoiava a CPI por ter medo de investigar o crime organizado”, detalhou.

De acordo com Sarto, a população tem direito de conhecer os candidatos e saber como eles agem diante de situações importantes para a cidade. o posicionamento de Leitão sobre a CPI do Narcotráfico, enfatiza o prefeito, é uma situação pública, visto que a declaração do opositor ocorreu durante sessão plenária na Assembleia Legislativa. Além disso, registrou que o vídeo com essa declaração está desaparecido, mas o conteúdo dele está transcrito em reportagens do Diário do Nordeste e do O Povo.

Ele ressaltou, ainda, que sua candidatura está cumprindo todas as determinações da justiça eleitoral, por isso considera a penalidade desproporcional. Ao mesmo tempo, Sarto destacou que o seu adversário Leitão também tem feito impulsionamento de conteúdo negativo, com valores que correspondem ao triplo do que o de sua campanha.

“Nós temos quatro representações sobre 17 conteúdos que se traduzem em R$ 181 mil, quase três vezes o nosso investimento. No nosso caso, ele não está pedindo apenas para retirar esse conteúdo, está proibindo impulsionamento, então é uma decisão que é completamente arbitrária e num momento crucial da campanha, na reta final”, afirmou.

O ex-prefeito de Fortaleza e presidente do PDT municipal, Roberto Cláudio, corroborou o argumento de que a decisão da justiça foi desproporcional, comparando o impacto de como seria na propaganda para a televisão. De acordo com ele, comparando o contexto a um conteúdo veiculado na TV, a lei já prevê a remoção do conteúdo e o direito de resposta.

Insegurança

O prefeito também frisou que a omissão do Governo do Estado tem elevado a criminalidade a patamares inaceitáveis na Capital. “O que está se apresentando não é nenhuma mentira, quando a gente fala do aumento da violência. Eles prometeram, há dois anos, um Ceará três vezes mais forte, mas vimos aumentar o número de chacinas, a violência explodiu, e em abril tivemos o maior número de assassinatos da última década”, disse.

“Fiz questão de fazer esse chamamento aqui para dar ciência do que está acontecendo em Fortaleza. Vejam o perigo que a gente corre em ter uma hegemonia a todo custo do partido que, hoje, está na esfera federal e estadual e, agora, percorre um caminho sinuoso de censura e está tentando calar a nossa campanha”, afirmou